quarta-feira, 25 de abril de 2018

Quais foram as maiores loucuras dos imperadores romanos

640px-Siemiradski_FackelnOs imperadores romanos aprontaram de tudo: da nomeação de um cavalo para um alto cargo político ao assassinato de mães, pais, irmãos… Bem, pelo menos essas são as versões bizarras que, com o passar dos séculos, ganharam o status de verdade absoluta. O grande problema é que são loucuras difíceis de ser comprovadas pelos especialistas. O maior obstáculo é a credibilidade das pessoas que fizeram tais registros históricos. Muitos dos autores desses escritos eram inimigos de determinados imperadores, a quem procuravam retratar de maneira ridícula, exótica ou amalucada, usando, por exemplo, simples boatos como se fossem verdades. “A imagem negativa que temos de muitos imperadores vem do fato de que suas histórias foram redigidas, quase exclusivamente, por autores ligados ao Senado de Roma, que sempre foi hostil ao poder dos soberanos. Esses julgamentos representam uma visão preconceituosa e não uma avaliação objetiva das ações dos imperadores”, afirma o historiador Norberto Guarinelo, da Universidade de São Paulo (USP). Outro ponto que precisa ser levado em conta é que as atitudes “malucas” dos imperadores romanos poderiam não ser consideradas tão loucas assim naquela época. Vale lembrar que essas histórias rolaram há quase 2 mil anos, quando os valores e costumes eram completamente diferentes dos de hoje. Por isso, dê um desconto – pequeno! – para algumas das doideiras que você vai ver aqui ao lado.m império muito louco Soberanos eram tão pirados que um chegou até a se castrar em público!
UMA DEMÊNCIA CAVALAR
IMPERADOR – Calígula
ÉPOCA – 37 a 41 d.C.
MAIOR ABSURDO – Provavelmente era só um boato, mas para todos os efeitos ficou para a história a versão de que Calígula teria nomeado seu cavalo Incitatus como cônsul, alto cargo de oficial público que tinha como principal função comandar exércitos.
OUTRAS LOUCURAS – Calígula ficou famoso por sua crueldade e pelas baixarias. Ele teria determinado que criminosos fossem servidos vivos como refeição para animais selvagens e foi acusado de ter transado com suas três irmãs.
GLADIADOR CAFÉ-COM-LEITE
IMPERADOR – Cômodo
ÉPOCA – 177 a 192
MAIOR ABSURDO – Cômodo costumava descer à arena para lutar como gladiador em violentos espetáculos públicos. Mas, ao contrário do que acontecia nos combates comuns, o imperador não corria grandes riscos: seus adversários sempre o deixavam vencer e depois tinham as vidas poupadas.
OUTRAS LOUCURAS – Além de se achar um gladiador invencível, Cômodo acreditava ser o semideus Hércules e exigia que o adorassem como tal.
ISSO NÃO ESTÁ CHEIRANDO BEM…
IMPERADOR – Cláudio
ÉPOCA – 41 a 54 d.C.
MAIOR ABSURDO – Desconfiado de que sua esposa promovia orgias com os amantes, ele teria ordenado que ela fosse executada, juntamente com 300 suspeitos de participar das festinhas.
OUTRAS LOUCURAS – Entre as “diversões” de Cláudio estaria o hábito de assistir às sessões onde criminosos eram torturados até a morte. Também tomava decisões folclóricas, como autorizar a livre flatulência durante os banquetes, ou seja, liberou geral o pum…
MATOU A FAMÍLIA E FOI AO SENADO
IMPERADOR – Nero
ÉPOCA – 54 a 68 d.C.
MAIOR ABSURDO – Nero jamais seria acusado de nepotismo, ou seja, de beneficiar os parentes. Ele foi responsabilizado pela morte de sua própria mãe, de sua primeira esposa e de ter mandado envenenar um meio-irmão.
OUTRAS LOUCURAS – Provavelmente não foi Nero quem provocou um incêndio arrasador em Roma. Mas isso não limpa seu “currículo” de outras bizarrices, como o suposto hábito macabro de lançar cristãos a cães ferozes e esfomeados, que os despedaçavam vivos.
CARACALA, O GRANDE… MALUCO
IMPERADOR – Caracala
ÉPOCA – 198 a 217
MAIOR ABSURDO – Mal saído da adolescência, a instabilidade mental de Caracala já preocupava aqueles que o cercavam. Em certa ocasião, quase esfaqueou o pai pelas costas, diante de todo o seu exército.
OUTRAS LOUCURAS – Detestava a esposa, que condenou ao exílio e mais tarde mandou matar. Admirador fanático de Alexandre, o Grande, passou a se vestir e a se comportar como o “ídolo”.
IRMÃOS LITERALMENTE DE SANGUE
IMPERADOR – Domiciano
ÉPOCA – 81 a 96 d.C.
MAIOR ABSURDO – É acusado de ter causado a morte do próprio irmão e de ter executado um primo, além de esmagar com violência e crueldade qualquer tentativa de rebelião.
OUTRAS LOUCURAS – Paranóico e raivoso, Domiciano via suspeitos de conspiração por todos os lados, tratando-os como inimigos a serem exterminados. Implantou um regime de terror contra membros importantes do Senado e exigia ser tratado como um deus.
PRESENTE DE GREGO PARA O IMPÉRIO
IMPERADOR – Adriano
ÉPOCA – 117 a 138
MAIOR ABSURDO – Admirador da cultura de Aristóteles & Cia., Adriano decidiu reconstruir a cidade sagrada dos judeus, Jerusalém, adotando o estilo grego. Esse “capricho” teria agravado a insatisfação dos judeus, que iniciaram uma violenta revolta contra Roma.
OUTRAS LOUCURAS – Adriano chegou a ser chamado de “Nero bem-sucedido” pela megalomania de suas obras públicas – por onde passava, fazia grandes monumentos.
SEM SACO PARA O PODER
IMPERADOR – Heliogábalo
ÉPOCA – 218 a 222
MAIOR ABSURDO – Com um comportamento pra lá de excêntrico, esse maluco castrou-se publicamente em nome de um culto religioso!
OUTRAS LOUCURAS – Certa vez, tentou impor aos romanos a adoração de um deus estrangeiro. O povo também acreditava que Heliogábalo era travesti, crença reforçada por seu costume de indicar para altos cargos rapazes que se destacavam só pela beleza.

Quem foi o último imperador romano

Rômulo Augusto
Rômulo Augusto
Rômulo Augusto, que governou apenas dois anos: 475 e 476. Seu nome, em latim, era Flavius Momilus Romulus Augustus, mas ele ficou mais conhecido pelo diminutivo Romulus Augustulus, que, em latim, significa “Rômulo, o pequeno Augusto”. Quando ele assumiu o poder já fazia décadas que o Império Romano havia sido dividido em dois – desde o ano 395, mais precisamente. O Império do Ocidente – comandado por Rômulo sem ser reconhecido pelo imperador oriental – sofria, então, sucessivas invasões de povos bárbaros do norte da Europa. Foi numa dessas que Rômulo Augústulo acabou deposto por Odoacro, líder de um desses povos germânicos. Era só o que faltava para a metade ocidental do império deixar de existir, dando lugar a vários pequenos reinos criados pelos invasores. Na parte oriental, porém, o império não ruiu. “Ele subsistiu, dando origem ao Império Bizantino. Mas Rômulo costuma ser considerado pelos historiadores o último imperador”,Ele foi obrigado a se exilar após a deposição, mas Odoacro até que foi generoso, concedendo-lhe uma pensão em dinheiro. Os últimos anos da vida de Rômulo não são muito conhecidos – sabe-se apenas que morreu pouco depois do ano 511

O que foi o Coliseu de Roma?

Arena foi palco de diversas formas de entretenimento - na concepção romana da palavra

Coliseu

Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Romajá era governada por Tito, filho de Vespasiano. Para homenagear seu pai, Tito batizou a construção de “Anfiteatro Flaviano”.
Alguns historiadores especulam que o nome Coliseu só apareceria centenas de anos depois, talvez no século 11, e teria surgido inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de bronze de 35 metros de altura, que ficava ao lado do anfiteatro.
Os primeiros combates disputados para comemorar a conclusão do Coliseu duraram cerca de 100 dias e se estima que, só nesse período, centenas de gladiadores e cerca de 5 mil animais ferozes tombaram mortos em sua arena de 85 por 53 metros. Os jogos levavam o público ao delírio. Suas arquibancadas, construídas a partir de 3 metros do solo, acomodavam mais de 50 mil pessoas. Um camarote bem próximo à arena era destinado ao imperador de Roma, que era reverenciado pelos gladiadores antes dos espetáculos com uma saudação que se tornaria famosa: “Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam”.
O anfiteatro, o primeiro permanente erguido em Roma, funcionou como o principal palco de lutas da cidade até o ano 404, quando o imperador Flávio Honório proibiu definitivamente os combates entre gladiadores. Depois disso, o Coliseu teve diversos usos. Chegou a ser empregado como cenário para simulações de batalhas navais, ocasiões em que a área ocupada pela arena era alagada. Durante a Idade Média, o mármore e o bronze de sua estrutura foram sendo saqueados aos poucos e usados para ornamentar igrejas e monumentos católicos. Peças de mármore do anfiteatro foram empregadas até na construção da famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. Já no século 11, quando Roma era dominada por uma família de barões, o Coliseu foi transformado em uma fortaleza, abrigando membros de uma família nobre, os Frangipane, que usaram a edificação para proteger-se em suas batalhas contra grupos rivais.
Hoje, apesar de estar em ruínas – e até sob a ameaça de desabamento – o Coliseu ainda guarda sua majestade. Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico da cidade e recebe, anualmente, milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o clima do mais grandioso anfiteatro da Antiguidade.
O anfiteatro resistente
 Construção sobreviveu ao tempo, a saques e grandes terremotos
1 – Reforma constante
As primeiras escavações arqueológicas no Coliseu aconteceram no final do século 18. A partir daí, diversas restaurações foram feitas para preservá-lo. A última terminou em 2000, após recuperar a face externa dos arcos de mármore
2 – Arena gigante
O Coliseu tem 48,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 12 a 15 andares. Com forma elíptica, ele mede 189 metros no maior de seus eixos e 156 metros no menor. Ninguém sabe ao certo qual arquiteto o projetou
3 – Corredores preservados
Entre as ruínas ainda dá para identificar os corredores que levavam às arquibancadas. Eles foram projetados para criar acessos exclusivos para as diferentes classes sociais da época. Amplos, permitiam que os 50 mil espectadores ocupassem ou deixassem seus lugares em poucos minutos
4 – Material de primeira
Mais de 100 mil metros cúbicos de mármore travertino (de cor clara) foram usados na construção do estádio, principalmente no revestimento da fachada exterior. Mas esse material foi pilhado ao longo dos séculos, restando pouco dele no Coliseu. Tijolos, blocos de tufa (uma espécie de pedra vulcânica) e concreto também ajudaram a erguer o anfiteatro
5 – Ameaça natural
Desde a sua construção, no século 1, vários terremotos destruíram o Coliseu. Os historiadores estimam que o primeiro grande tremor aconteceu entre os anos 523 e 526. Na primeira metade do século 9, outro terremoto destruiu as colunas do piso superior e, em 1231, um forte abalo derrubou parte da fachada externa
6 – Labirinto de ruínas
O subsolo do Coliseu só foi escavado há pouco mais de um século. Ele ficava abaixo da arena de lutas e tinha uma cobertura de madeira sobre a qual era despejada areia. Nessa intricada rede de corredores, salas, elevadores e jaulas ficavam os gladiadores e as feras antes de entrarem em cena
…E o verdadeiro coliseu
No tempo dos jogos, o estádio tinha toldo retrátil, feras e gladiadores
1 – Tribuna vip
Uma entrada exclusiva dava acesso ao camarote destinado ao imperador romano e seus convidados. Essa tribuna especial ficava num ponto privilegiado do anfiteatro, bem próximo à arena. O prefeito de Roma também tinha direito a um camarote particular
2 – Fachada monumental
A fachada do anfiteatro impressionava pela riqueza de acabamento. Diferentes estilos de colunas ornavam os vários níveis de piso: as dóricas ficavam no térreo, as jônicas no primeiro andar e as coríntias no segundo. Cada um desses pisos tinha 80 arcos, com cerca de 7 metros de altura cada. A fachada ainda era decorada com centenas de estátuas de bronze
3 – Arena da morte
No início, os gladiadores que lutavam nos jogos eram soldados em treinamento. Com o tempo, escravos, criminosos ou prisioneiros de guerra assumiram esse papel. Eles se enfrentavam com lanças, espadas, tridentes, redes e escudos. Mais de 10 mil gladiadores morreram em três séculos de combates, duelando entre si ou enfrentando animais ferozes
4 – O caminho das feras
Os animais usados nos espetáculos – principalmente leões trazidos das colônias romanas na África – percorriam um intricado caminho do subsolo até a arena. Primeiro, eles eram levados para pequenas jaulas, que eram suspensas (num elevador rudimentar) até um corredor. De lá as feras subiam alguns lances de escada para, finalmente, surgirem na arena de combate pela abertura de um alçapão
5 – Polêmica cristã
Não há consenso entre os historiadores se o Coliseu foi usado para sacrifícios de cristãos quando estes eram perseguidos pelos romanos. Essa versão foi sustentada pela Igreja, mas não há provas conclusivas de que os martírios de fato aconteceram no anfiteatro
6 – Proteção solar
As coberturas retráteis, que podem ser abertas ou fechadas, parecem coisas dos tempos modernos. Mas nos seus dias de glória o Coliseu já teve um sistema parecido. No topo do estádio, preso a 240 mastros, estendia-se um enorme toldo retrátil, que podia proteger os espectadores do sol. A arena, no entanto, nunca ficava sombreada
7 – Arquibancada dividida
As apresentações de luta no Coliseu eram gratuitas.As dezenas de milhares de espectadores se dividiam nas arquibancadas em cinco diferentes setores conforme sua posição social. Enquanto os senadores de Roma sentavam bem próximos da arena de combate, as pessoas de baixa renda, por exemplo, ficavam no último piso do estádio

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